Clube de rugby mato-grossense adota iniciativas para inclusão de crianças autistas

Atleta de rugby do Melina fala como esta inclusão tem ajudado crianças autistas no processo de socialiação.

Garoto autista com bola de rugby durante treino. Foto: Acervo Melina Rugby Club. #ParaTodosVerem: foto colorida de um menino segurando um bola oval de cor branca com detalhes desgastados em azul e vermelho. O menino está em um gramado, aparenta ter perto dos 10 anos de idade, tem a pele morena e veste uma camisa de cor roxa com o brasão do time Melina Rugby Club no lado esquerdo, na altura do peito.

O rugby no estado de Mato Grosso é relativamente recente. Influenciado pelo movimento nacional de popularização do esporte, a modalidade começou a se estruturar no estado em 2016 através da iniciativa de admiradores do esporte, como os irmãos franceses Michel Henri Leplus, atual presidente do Melina Rugby Club, e Alain Leplus, ex-técnico da seleção brasileira juvenil de rugby XV. O Melina surgiu em Cuiabá já fazendo história: foi o primeiro time focado na profissionalização feminina no esporte. Hoje, apesar de ter times juvenis masculinos, o Melina ainda é o primeiro time profissional feminino do país.

As crianças chegam sem falar com niguém e, depois de alguns dias, estão socializando, conta Mallaury. Foto: Acervo Melina Rugby Club. #ParaTodosVerem: dois meninos disputam a posse de uma bola de rugby. O garoto à direita, que segura a bola, tem a pele morena e usa uma camiseta branca com mangas verdes, com a logo da prefeitura de Cuiabá no lado esquerdo, na altura do peito. O garoto à esquerda, que tenta tomar a bola, também tem a pele morena e usa uma camiseta vermelha com um colete amarelo por cima.

Mallaury Charton, uma das atletas do clube roxinho, contou que, por ser um esporte bastante inclusivo, o rugby também tem por iniciativa acolher pessoas com deficiência, e crianças e adolescentes com transtorno do espectro autista. “Além de tirar as crianças da rua, nós, do clube, também propomos regras, uma vida mais coletiva e um sentimento de pertencimento coletivo, e isso é uma maneira de abraçar também essas crianças autistas, pois aqui chegam crianças autistas que nem sequer falam contigo ou com outros colegas e depois de dois, três meses já começam a conversar e a socializar. Isso é uma coisa bem bacana que o esporte proporciona.”

Com essa iniciativa junto às escolas, o Melina Rugby Club leva o esporte para essas crianças com autismo de várias escolas públicas da capital para o Centro de Treinamento todas as sextas-feiras.

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