Umbanda celebra a tradicional Festa dos Erês

Festa dos Erês no Centro Espírita Amor e Caridade em Tangará da Serra celebra a inocência infantil e a generosidade da comunidade, unindo tradições católicas e umbandistas.

Celebração da festa dos Erês em Centro Espírita Amor e Caridade. Foto por: Ananda Lucente

No dia 27 de setembro, o Centro Espírita Amor e Caridade, em Tangará da Serra, deu início às celebrações em homenagem a São Cosme e São Damião, uma tradição católica que ecoa em diversas culturas. Contudo, a festividade umbandista, ocorrida no dia anterior, 26 de setembro, trouxe um novo significado ao evento, com foco nos Erês espíritos que simbolizam a pureza, alegria e inocência das crianças.

A Festa dos Erês é um dos momentos mais aguardados no calendário umbandista. Com uma atmosfera festiva e fraterna, a celebração envolve a distribuição de doces e brinquedos, tanto como oferendas aos Erês quanto para a comunidade. Os médiuns, conectados aos seus respectivos Erês, retiram sacolas do altar e as distribuem entre as pessoas presentes, simbolizando a generosidade e o espírito de partilha.

De acordo com Ananda, praticante da Umbanda, as festas são realizadas não apenas para demonstrar amor pelos Erês, mas também para receber suas bênçãos. “A festa é uma forma de mostrar aos Erês que eles são amados e pedir que abençoe quem participa do culto”, ela também explica, a festividade carrega um significado especial para mulheres que desejam engravidar. Muitas delas recorrem ao “Cosminho”, pedindo o “presente para Cosminho”, Ananda diz que presente de cosminho é outro “cosminho”.

Ananda explica o significado da celebração.

A palavra “Erê” vem do iorubá e significa “brincadeira”, refletindo o tom descontraído da festa. As manifestações dos Erês, com trejeitos infantis, trazem mensagens de sabedoria e simplicidade, essenciais no culto aos espíritos infantis da Umbanda. A celebração dos Erês reforça valores de fraternidade e partilha, representando a doçura e a inocência da infância, além de fortalecer os laços da comunidade umbandista em torno de uma tradição que une o sagrado ao cotidiano popular.

Reportagem – Kelvin Nunes | Redação – Fabiane Kroetzler | Revisão – Tânia

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