Tangará da serra tem metade da Câmara renovada

Seis das 14 cadeiras serão ocupadas por novos vereadores.

No último dia 6, ocorreram, nos 5.569 municípios do Brasil, as eleições para prefeitos e vereadores. Em Tangará da Serra, a Câmara contará com a renovação de metade das 14 cadeiras para o mandato de 2025 a 2028.

Os partidos que ocuparão o legislativo serão: MDB, PL e União, com três vagas cada; Republicanos, com duas; e PSD, PRD e Podemos, com uma vaga cada.

Imagem: Site Câmara de vereadores de tangará da Serra

Assumirão pela primeira vez: Escobar (PL), eleito com 1.785 votos; Esdras Moraes (PL), com 1.526; Evânia Félix (MDB), com 1.414; Renato Calhas (União), com 990; Sarah Botelho (PSD), com 986; e Zi Lima (PRD), com 591. Niltinho do Lanche (MDB), eleito com 1.033 votos, retornará à Câmara após a derrota nas eleições de 2020.

A vereadora Eliane Antunes (PL), atual presidente do legislativo, apesar de ter sido a sétima mais votada nestas eleições, com 1.250 votos, não conseguiu se eleger para o próximo mandato. Além dela, Rogério Silva (União), Paquito (MDB), Roberto (Podemos), Nivaldo Leiteiro (Podemos), Claudione Rodrigues (União), Cantor (Republicanos) e Genislene Lima (União) tiveram mais votos do que a vereadora eleita Zi Lima.

Mapa Mental Foto: John Muller

Por que vereadores mais votados nem sempre são eleitos?

Isso ocorre devido ao regime eleitoral brasileiro, que utiliza o sistema majoritário para as vagas de prefeito, governador, presidente da República e senador — ou seja, vence quem obtiver mais votos. Já para vereadores, deputados estaduais, distritais e federais, o sistema é proporcional.

Esse sistema leva em consideração a proporção de dois quocientes: o eleitoral e o partidário.

O quociente eleitoral corresponde ao cálculo do número de votos válidos dividido pelo número de cadeiras da Câmara. No caso de Tangará da Serra, 46.102 votos foram considerados válidos — não se consideram os votos brancos, nulos e nem as abstenções — e a Câmara possui 14 vagas. Sendo assim, 46.102 votos são divididos pelas 14 cadeiras, totalizando um quociente eleitoral de 3.293 votos. É importante destacar que esse cálculo é feito por partido, e não por candidato.

Com esse valor do quociente eleitoral, os partidos passam a ter cadeiras garantidas na casa legislativa. Após essa quantidade de cadeiras ser determinada, os candidatos com o maior número de votos são eleitos. Deve-se observar que nem sempre o cálculo é exato.

Foi o que aconteceu com o PL, que, mesmo com 7.166 votos, não atingiu a garantia de três vagas, mas, pela proporção em relação aos demais, acabou levando a terceira vaga. Por isso, a candidata Eliane Antunes, apesar de ter um número expressivo de votos, ficou na suplência.

Já a vereadora Zi Lima (PRD) foi eleita mesmo com seus 591 votos, pois seu partido atingiu 3.677 votos, garantindo uma cadeira. Sendo a candidata com o maior número de votos do partido, Zi conseguiu a tão sonhada vaga no legislativo municipal.

Reportagem: John Muller Revisão: Mauciene Nunes

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