Queimadas: Desafios e recomendações para enfrentar a crise em Tangará da Serra – MT

Situação de emergência foi declarada pela Prefeitura de Tangará da Serra devido ao impacto dos incêndio florestais na região.

Por Maria Heloisa Oliveira e Ryan Chagas

As queimadas, frequentemente associadas às práticas agrícolas e ao desmatamento, têm se intensificado nos últimos anos, gerando preocupações significativas para a população. Esses incêndios devastam áreas de cultivo, como também afetam a qualidade de vida dos moradores tanto da área rural quanto da área urbana.

Em Tangará da Serra (MT), o cenário não é diferente. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre os meses de agosto e setembro, o município registrou 477 focos de incêndio, enquanto o estado de Mato Grosso teve um total de 30.387 focos nesse mesmo período. Segundo os dados, em agosto, havia 14.617 focos ativos, número que subiu para 15.770 no mês seguinte. Comparando com setembro do ano anterior, já se observa um aumento de 26,75% nos focos de incêndio ativos. A área queimada também saltou de 18.706 km² em julho para 49.070 km² em agosto.

A Prefeitura Municipal declarou, no dia 21 de agosto, situação de emergência na região devido o aumento nos focos de incêndios florestais constantes. Com prazo de 180 dias, o decreto N° 503 prevê a utilização de serviços necessários e especializados e o fornecimento de materiais essenciais para o combate ao fogo.

Focos de incêndio em Tangará da Serra – MT e região
Focos de incêndio em Tangará da Serra – MT e região

De acordo com o tenente do Corpo de Bombeiros, Jamil Nobres, todos os anos há um aumento nos incêndios devido ao clima, porém, neste ano, houve uma extensão de área queimada maior em comparação a anos anteriores. “Uma das queimadas de maior proporção nesse período foi a do Alto da Boa Vista”, afirmou o tenente.

“É importante se manter bem hidratado, evitar atividades físicas em ambientes muito quentes e, se possível, usar máscara.”

As principais causas das queimadas são ações humanas, como incêndios criminosos, fumantes e pessoas que queimam lixo, que podem sair do controle. Na zona urbana, é proibido iniciar focos para qualquer finalidade; já na zona rural, a queima é permitida em algumas circunstâncias, desde que respeite as normas de segurança. “No bioma Cerrado e Amazônico, é proibido utilizar fogo entre julho e novembro; no Pantanal, entre julho e dezembro”, ressalta Nobres.

Além disso, o profissional orienta sobre medidas a serem tomadas quando a concentração de fumaça estiver alta: “É importante se manter bem hidratado, evitar atividades físicas em ambientes muito quentes e, se possível, usar máscara”, explica.

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