A 4° Semana do Jornalismo ocorreu entre os dias 21/10 ao dia 25/10 no auditório da Universidade do Estado de Mato Grosso Carlos Alberto Reyes Maldonado (UNEMAT) com palestras e oficinas voltadas para a ‘Comunicação, Jornalismo e Ciência’.
Jornalismo Literário: Características e procedimentos para a escrita de reportagens
Professora Lilian Juliana Martins
A Professora Lilian ministrou a oficina sobre Jornalismo Literário no dia 22 de Setembro de 2024 no primeiro dia de oficinas. Apresentando o tema e dando as características a alunos de diferentes fases do curso de Jornalismo, a professora Lilian nos explica que o jornalismo literário é uma forma de narrativa jornalística que combina técnicas do jornalismo tradicional com elementos da literatura. Diferente do jornalismo factual, ele se aprofunda na experiência subjetiva, incluindo detalhes ricos, diálogos, desenvolvimento de personagens e descrições que ajudam o leitor a sentir-se parte da história. Esse estilo busca ir além do “quem, o quê, onde, quando e por quê”, explorando o como e o porquê, e permitindo uma visão mais humanizada e emotiva dos acontecimentos. É comum em revistas e publicações que priorizam o storytelling e a análise cultural e social.
Como construir um projeto de pesquisa com perspectiva de gênero
Professora Débora Cristina Lopes
Construir um projeto de pesquisa com perspectiva de gênero envolve analisar como relações, papeis e desigualdades de gênero influenciam o tema. Comece pela introdução, destacando a relevância de entender o gênero no contexto estudado. Na justificativa, explique por que essa abordagem é essencial, citando dados ou estudos que mostram as desigualdades de gênero no campo. Defina objetivos que busquem identificar e analisar essas diferenças. A metodologia deve incluir variáveis de gênero e amostras diversas para comparação. Use referenciais teóricos sobre gênero e desigualdade para embasar a análise e, na conclusão, proponha reflexões e intervenções com base nos achados.
Criminalização e violência do Estado contra movimentos sociais no Brasil e mídia.
Introdução a Folkcomunicação
Professor Lawrenberg Advíncula da Silva
A folkcomunicação no jornalismo explora como as mídias jornalísticas podem integrar e valorizar elementos da cultura popular e das formas de comunicação tradicionais para fortalecer o vínculo com comunidades locais. Nesse sentido, o jornalismo incorpora narrativas, expressões, lendas, histórias orais e práticas comunitárias, promovendo uma representação mais autêntica dos grupos populares. Esse tipo de abordagem é especialmente relevante em contextos onde as mídias tradicionais muitas vezes não alcançam ou não representam adequadamente as culturas locais.
No jornalismo brasileiro, essa prática se mostra em reportagens que envolvem comunidades rurais ou urbanas marginalizadas, onde o jornalista atua como um mediador cultural. Assim, a folkcomunicação contribui para ampliar a diversidade de vozes na mídia e para preservar as tradições culturais por meio de uma cobertura que respeita e reflete as dinâmicas e os valores dessas comunidades.
Criminalização e violência no estado contra movimentos sociais no brasil e mídia
Professora Cecília França e Eduardo Medeiros
No Brasil, a criminalização e a violência do Estado contra movimentos sociais refletem uma prática de repressão que visa deslegitimar demandas populares, especialmente em movimentos por terra, moradia, educação e direitos trabalhistas. Por meio de ações judiciais, força policial e, muitas vezes, políticas públicas restritivas, o Estado busca controlar e enfraquecer esses grupos, apresentando suas ações como ameaças à ordem pública. A mídia, em muitos casos, contribui para essa criminalização ao retratar os movimentos sociais de forma estigmatizada, enfatizando conflitos e associando-os à violência ou à ilegalidade. Essa cobertura tende a reforçar preconceitos, distorcendo a percepção pública e dificultando a compreensão das demandas legítimas desses movimentos.
- Editora: Dalia Amaral
- Fotógrafos e repórteres: Camila Souza, Carlos Daniel e Vanessa Amorim
- Revisão: Vanessa Amorim
