
Na tarde do dia 2 de setembro de 2024, um incêndio atingiu a Fazenda da Igrejinha, de propriedade do senhor Cido Simesato, na região da Comunidade Bandeirantes em Tangará da Serra. O fogo teve início por volta do meio-dia, quando fortes ventos fizeram galhos de árvores tocarem a rede elétrica, causando faíscas que iniciaram as chamas na vegetação seca.

Apesar do fogo não ter sido provocado por ação humana, a rápida propagação das chamas exigiu uma resposta imediata e coordenada dos moradores locais. Segundo relatos, o incêncio começou em uma área de matinha e rapidamente avançou em direção ao pasto. Gilmar, um trabalhador da Fazenda Palmital, próxima ao local do incidente, relatou como tomou conhecimento do incêndio.
“Em um primeiro momento a gente estava aqui na Fazenda Palmital onde a gente reside e trabalha, aí o vaqueiro veio aqui e falou: Gilmar, você está vendo aquela fumaça lá? Eu falei: Sim, tô vendo. Ele falou: É um fogo no vizinho, ali no seu Cido. Aí num primeiro instante a gente pegou a moto e descemos lá. Fomos lá olhar e o fogo já estava no pasto. Queimou uma boa parte.”

Ação rápida e união da comunidade
Gilmar contou que ele e outros moradores inicialmente tentaram apagar o fogo com ramos de árvores, mas as fortes rajadas de vento dificultaram o controle das chamas.
“A gente pegou o ramo e começou a apagar, o fogo estava meio baixo, mas de repente aumentou o vento, aí o fogo aumentou as chamas, começou a me sapecar. Então falei para o rapaz: Deixa quieto, aqui a gente não vai resolver nada com esses ramos. Aí a gente veio para a estrada. Logo depois, chegou o Douglas, filho do seu Cido, e também o pessoal da Fazenda Bom Jesus com os tratores.”
Estrutura e maquinário evitaram maiores danos
O proprietário, Cido Simesato, ao saber do incêndio, rapidamente entrou em contato com outros fazendeiros da região, solicitando ajuda. A rápida mobilização das fazendas vizinhas foi crucial para conter o incêndio. Os moradores usaram três carros pipas, três tratores com grade aradora e dois pulverizadores agrícolas para combater as chamas. O uso do maquinário especializado foi essencial para evitar que o fogo se alastrasse para propriedades vizinhas. Durante o incêndio o fogo pulou a estrada do Ararão, que mesmo com cerca de 15 metros de largura, não impediu que o fogo passasse de uma fazenda para outra, devido a ação dos ventos.

Gilmar destacou que sem o uso de equipamentos apropriados o incêndio teria tomado proporções incontroláveis.
“A união faz a força. Fogo é com água, nessa época tem que ser com água.”
Para ajudar no combate a este incêndio, os bombeiros também foram contactados, no entanto, não chegaram a tempo de atender ao chamado. Felizmente a resposta eficaz dos moradores e fazendeiros foi suficiente para conter as chamas e evitar maiores danos.
Orientações da Defesa Civil de Tangará da Serra
Em casos de incêndios, a Defesa Civil de Tangará da Serra orienta que a população mantenha a calma e acione imediatamente as autoridades competentes, como o Corpo de Bombeiros através do telefone 193 ou a própia Defesa Civil pelo telefone (65) 3311-4862. A união da comunidade e a preparação de profissionais capacitados com equipamentos adequados são fundamentais para evitar tragédias maiores.
A seguir veja algumas fotos deste incêndio que ocorreu na Fazenda da Igrejinha em Tangará da Serra.

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak

Foto: Ana Lúcia Andruchak
Repórter: Ana Andruchak | Edição: Diones Krinski