Willian começou na fotografia como hobby em 2010, mas foi em 2018, em meio a um período de depressão e crises de ansiedade, que encontrou na arte a motivação para se tornar um profissional. A conclusão de um segundo curso de fotografia marcou essa decisão, pois ali Willian descobriu que conseguiu transformar sua paixão em profissão e, desde então, a fotografia tornou-se um pilar em sua vida.

Suas inspirações vêm de uma ampla gama de artistas e fotógrafos, mas ele destaca alguns nomes que foram fundamentais em seu desenvolvimento. Entre eles, seus professores Leon Tavares e Jean-Claude, que acenderam sua paixão pelo ofício, e Ronaldo Neme, cujo conhecimento sobre iluminação elevou sua visão artística. Além dos mestres da fotografia, Willian busca inspiração na música, sendo Djonga um de seus grandes influenciadores. A intensidade das letras do rapper reflete o impacto visual que Willian tenta capturar em suas fotografias. Outras referências incluem artistas como Major RD, Cazuza e Freddie Mercury, com suas posturas extravagantes e suas abordagens únicas de expressão.

No início da carreira, Willian representou desafios comuns para muitos fotógrafos: a luta por reconhecimento e a busca por clientes que valorizassem seu trabalho. Ele fala sobre o peso financeiro da profissão, destacando o alto custo de equipamentos no Brasil. Mas, com persistência e investimento em conhecimento, Willian começou a se destacar no mercado. Ele entende que estar sempre atualizado sobre tendências e técnicas é crucial, pois a fotografia exige um equilíbrio entre arte e inovação tecnológica.

Quanto ao estilo fotográfico, Willian descreve seu trabalho como uma “maluquice underground”. Ele busca um estilo único, em constante mudança, sem amarras a padrões rígidos. Para ele, a arte é flexível e deve refletir a essência do momento e das pessoas fotografadas. Em eventos com

Seu processo criativo é profundamente ligado ao seu estado físico e mental, além de ser alimentado por uma curiosidade insaciável. Ele segue outros fotógrafos, aprende com suas composições e busca inspiração em diferentes abordagens, como o uso de linhas e regras de terço para criar composições interessantes. Willian considera a edição uma parte fundamental do seu trabalho, pois ela permite realçar detalhes e emoções que a câmera, sozinha, não consegue captar. A edição é a ferramenta que ele usa para expressar sua visão, seja ao iluminar um ambiente escuro ou ao remover elementos indesejados.

Atualmente, Willian vê o mercado fotográfico como promissor, com oportunidades para diversos tipos de fotografia. No entanto, ele percebe uma carência de profissionais em áreas específicas, como fotografia de arquitetura e alimentos, especialmente em sua região. Seu próximo objetivo é montar um estúdio rotativo, um espaço que permita interação social e desenvolvimento profissional. Ele deseja que esse estúdio seja um local de aprendizado mútuo, onde possa continuar a evoluir e ensinar outros profissionais.

O sonho de Willian é expandir seu trabalho para além das fronteiras locais e colaborar com artistas em projetos fotográficos. Ele acredita que a fotografia é uma fonte inesgotável de possibilidades e que cada dia oferece novas oportunidades para sonhar. Seu conselho para os apaixonados pela arte de fotografar é simples, mas essencial: estudar, explorar as várias vertentes da fotografia e ter coragem para enfrentar todas as dificuldades nos momentos difíceis e sempre lembrar que novos frutos bons virão.

Editor: Dalia Amaral
Repórter e fotos: Vanessa Amorim
Revisão: Carlos Daniel e Camila Souza