Tangará da Serra tem enfrentado um clima instável, com temperaturas que frequentemente ultrapassam os 35°C, seguidas por quedas abruptas para cerca de 19°C. Esse padrão climático tem causado desconforto para os moradores e desafios adicionais para os produtores rurais.
Durante o dia, o calor intenso e a baixa umidade predominam. A enfermeira Ananda recomenda manter-se hidratado e evitar a exposição excessiva ao sol, ressaltando que, apesar do alívio momentâneo das quedas de temperatura, a seca persistente continua a ser uma preocupação.
Para os agricultores, a situação é crítica. O senhor Manoel, produtor rural local, relata que a seca prolongada e as oscilações climáticas têm prejudicado severamente suas plantações. “As mudanças bruscas de temperatura e a falta de água estão complicando ainda mais a produção”, afirma.
Gustavo Casagrande, estudante de mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola, destaca que o Brasil está enfrentando anomalias climáticas, com episódios de calor intenso seguidos por incursões de ar polar. Segundo Casagrande, “Estamos no período de inverno, que termina em 22 de setembro. Até lá, novas incursões de ar polar ainda são possíveis
Casagrande também aponta que a falta de água está afetando o ecossistema local. “A ausência de água prejudica as plantas, que diminuem seu metabolismo para enfrentar a seca, e causa estresse térmico nos animais, que enfrentam tanto o calor extremo quanto a escassez de recursos hídricos”, explica.
Com a previsão de que o clima instável possa persistir, a população de Tangará da Serra continua a se ajustar às rápidas mudanças e aguarda uma possível melhoria nas condições meteorológicas.