Calor e baixa umidade: rebanho requer cuidados

Medidas de proteção garantem o mínimo de conforto aos animais

A cidade de Tangará da Serra, está localizada em um espaço geográfico do Estado de Mato Grosso que é considerado de clima quente no período que contempla os meses de maio a agosto, estiagem na região. Neste período é recomendado redobrar a atenção para o rebanho, pois o clima seco é desfavorável para o desenvolvimento dos animais, podendo acarretar sérios problemas aos bovinos e equinos.

De acordo com apontamentos proferidos pela estudante de Zootecnia e Agente de Fiscalização da SEMA Andressa Cordeiro, que prontamente atendeu a nossa equipe, existem diversas condutas a serem adotadas pelo produtor a fim de proteger os animais do clima quente e baixa umidade relativa do ar. Na oportunidade ela enfatizou que “as variações climáticas exercem forte influência sobre a saúde, o bem-estar e o desempenho produtivo dos animais e nos períodos secos, altas temperaturas, os impactos negativos tornam-se mais evidentes, exigindo do produtor atenção especial. A escassez de chuva, a redução das pastagens e o aumento do estresse térmico comprometem a produção, tornando fundamental a adoção de estratégias de manejo adequadas, utilizadas para minimizar os efeitos adversos do clima seco e preservar no animal sua eficiência produtiva”. Afirma.

A atenção aos bovinos e equinos especialmente nos horários de pico do calor intenso que vai das 10:00h às 15:00h, é primordial para garantir o conforto do animal preservando-lhe a saúde e principalmente preservando a segurança do produtor, pois há risco de morte se os animais permanecem expostos, alerta Andressa Cordeiro.

Produtos derivados do leite

O leite e os seus derivados, queijo e requeijão, doces em pasta, em compotas e manteigas sofrem escassez de oferta na feira do produtor da cidade de Tangara da Serra nesta época do ano em decorrência da seca que afeta diretamente a produção do rebanho bovino local. A aquisição torna-se mais difícil, tanto pela pouca oferta, quanto pelo alto valor oriundo da demanda. Desta forma o consumidor tangaraense sofre prejuízos ao se deparar com a baixa oferta e os altos custos dos produtos, na feira do produtor tangara da serra mt – Pesquisar

Com o fim de amenizar esse desconforto sazonal, eventos promovidos aos pecuaristas pelo Senar Mato Grosso | ATeG abre nova frente de bovinocultura de leite em Tangará da Serra, voltados ao manejo e cuidado com os animais, são oferecidos aos produtores para que conheçam e dominem as suas cadeias produtivas que em muito contribuem para o progresso local, enriquecendo a classe trabalhadora ruralista com estratégias e conhecimentos capazes de atravessar a fase de seca com manobras acertadas, para diminuir o impacto do clima na produção animal e com isso resgatar para as bancas da feira do produtor, às quartas-feiras e aos domingos, a diversidade de produtos derivados do leite que os tangaraenses já estão habituados a comercializar.

No afã de contribuir com a classe pecuarista de Tangara da Serra e região, no sentido de preservar esta importante parcela da economia, foi interrogado à entrevistada Andressa Cordeiro, enquanto estudante concluinte do curso de Zootecnia e agente fiscalizadora ambiental, quais condutas e orientações são impreterivelmente recomendadas aos produtores a fim de manter o rebanho livre das intempéries climáticas no meado do ano. Como defensora do bem-estar animal e por considerar que o conforto oferecido a ele reflete imediatamente na qualidade da produção, a Fiscal ambiental respondeu que “o manejo mais indicado é oferecer sombra e água, permitindo ao animal escolher livremente onde se abrigar, pois o recolhimento em currais, na tentativa de proteção, pode não ser a melhor alternativa, já que a aglomeração aumenta a sensação de calor e acentua o estresse. A opção mais eficiente é manter áreas abertas, mais frescas, com acesso a sombra e água em quantidade suficiente para todos”. Orienta.

E quanto ao alimento, a profissional adiantou que “deve ser armazenado em locais protegidos do sol e bem ventilados para evitar a fermentação e a deterioração. O fornecimento dos chamados ‘volumosos’, como capim cortado ou silagem, deve ser preferencialmente feito nas horas mais frescas, como no início da manhã e no fim da tarde, estimulando o consumo”. Lembrou “que é importante ajustar a dieta para garantir energia e hidratação, prevenindo perdas de desempenho causadas pela baixa digestão nos períodos mais quentes”.

E acrescentou à reportagem que quanto as equinos, de maneira geral, eles sofrem menos com o calor do que os bovinos, porque “os cavalos possuem uma fisiologia adaptada para dissipar calor de maneira mais eficiente, por meio da sudorese que é o processo onde o corpo produz e libera suor pelas glândulas sudoríparas da pele. Além disso, a musculatura e a circulação sanguínea do cavalo favorecem a termo regulação nos períodos de calor intenso”.

Concluiu através de áudio aqui publicado, na íntegra, com informações gerais relacionadas ao clima e refinando as orientações direcionadas aos pecuaristas atuantes em Tangara da Serra e região:

https://drive.google.com/file/d/1tbShRp68MiYieO5wz3WTrX1rSYfDlbXc/view?usp=drive_link

Quanto maior o conforto e bem-estar garantido ao animal mediante o calor excessivo, maior a eficiência produtiva dele e maior a possibilidade de retorno financeiro ao proprietário. Neste sentido conclui a agente Andressa Cordeiro, que teceu importantes esclarecimentos referentes aos cuidados e manejos dos animais em tempos de clima quente e seco.

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