Sol e calor intenso podem causar câncer de pele em animais domésticos

Veterinárias explicam causas, prevenção e tratamento

Assim como os seres humanos, os animais também podem ser vítimas de cânceres, inclusive do que mais afeta a população brasileira: o câncer de pele. A exposição ao sol é um grande contribuinte, o que pode ser um problema para os animais e tutores. Em Tangará da Serra, cidade onde a temperatura máxima pode chegar a 46º C, aqueles que possuem cães e gatos devem tomar alguns cuidados.

Existem vários tipos de tumor, mas os mais comuns são: mastocitoma, carcinoma e melanoma.

O tratamento é feito pelo oncologista. Foto: scenthound. #ParaTodosVerem: foto colorida mostra uma pessoa usando um pijama cirúrgico azul e luvas de látex branca segurando a cabeça de um cachorro de pelos amarelados. A direito está apoiada na cabeça do cachorro e a mão esquerda segurando o pescoço do animal, que está de olhos fechados.

Causas e prevenções

Segundo a veterinária Thelma Galindo, o sol é um agravante. Fatores genéticos, ambientais e nutricionais contribuem para o surgimento do tumor. Ela diz que algumas rações possuem muitos conservantes e é melhor manter uma alimentação natural para os bichinhos, como frutas e verduras. 

A dermatologista Viviane Fontanezi conta que algumas raças de cachorro são predispostas aos tumores de pele, como: boxer, pitbull terrier, dogo argentino e outros cães e felinos de pelagem clara. Para prevenir o tumor, é importante evitar a exposição ao sol e passar protetor solar – que pode ser comprado ou manipulado.

De acordo com Fontanezi, nódulos na pele, lesões erupçadas e feridas que não cicatrizam são os principais sinais de que seu animal pode estar com um tumor. A dermatologista explica ainda que as áreas onde os nódulos mais aparecem são: axila, focinho e orelha. As chances de recuperação dependem do grau de malignidade do tumor.

Tratamento

A gatinha se chamava Ronda Rousey, em homenagem a lutadora. Foto: Adriana Bottan (via WhatsApp).
#ParaTodosVerem: imagem colorida
mostra uma gata de pelos brancos com
a orelha direita enfaixada com uma
faixa branca. Ela está dentro de uma
gaiola de plástico vermelha e laranja. O chão da gaiola é cheio de buracos e a porta é de vidro, e aparece o reflexo da pessoa fotografando.

A veterinária Fabíola Porfírio, que atende no hospital veterinário Shopping da Terra Pet Center, existem tumores benignos e malignos. Ela explica que, para descobrir qual o animal tem, é feita uma biópsia. O nódulo é retirado e enviado para um histopatologista, que vai dizer qual é o tipo de tumor. Quando o tumor é benigno a remoção é feita lá mesmo. Não há risco de agravamento, então os cuidados pós-operatórios ficam por conta dos tutores – há exceções daqueles que preferem internar os bichinhos, para que os veterinários realizem tais cuidados.

Já quando o tumor é maligno, o animal é encaminhado para um oncologista em Cuiabá, onde ele passa por quimioterapia e cirurgia; e, então, por um tratamento conservador nutracêutico. 


A dona de casa Adriana Bottan, que voluntariamente resgata animais de rua, sem ter vínculos com organizações, resgatou uma gata portadora de carcinoma de células escamosas. “O tumor era na orelhinha, mas já ‘tava’ tomando o conduto auditivo e aí acometeu o labirinto e evoluiu de uma forma que a gente não conseguiu evitar o óbito”, declara.

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